Giuliana Ragusa (USP) se interessou inicialmente por literatura brasileira. Mas o pai, físico, gostava de ler obras em grego e latim. Assim, apesar de andar por outras literaturas em sua graduação, “no meio do caminho havia o grego” e as aulas de Paula Correa, na USP. Ao estudo de Afrodite chega por Safo e seu Hino a Afrodite, que combina dois mundo de grande interesse: do mito e do erotismo visto pelo lado feminino. A trajetória dela mostra que a vida tem desvios e que nem todas as escolhas são fechamentos de portas. Afrodite, mais do que a deusa do amor, é a deusa do mundo do sexo, tanto como elemento de procriação da espécie, mas não se restringe ao sexo hetero-erótico. Éros, que nada tem a ver com nosso amor romântico, tem mais a ver com a dimensão física, com uma durabilidade breve. É mais desejo do que amor, propriamente. Este é o mundo de Afrodite, que não por acaso é a mais bela, única entre os deuses que é chamada de aurea, dourada. A iconografia de Afrodite ativa o olhar constantemente de quem contempla suas imagens e indica como funciona o poder do desejo, de éros. A sedução também, como exercício da persuasão, é parte do território de Afrodite. Assim como o engano, que é parte da persuasão erótica. Afrodite está muito presente no casamento, tanto nos rituais como na vida cotidiana.

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98 – Ovídio

97 – Geropso

96 – Rainha Tiye

95 – Marcial

94 – Lisístrata

93 – Fedro, o fabulista

92 – Cleópatra da Macedônia

91 – Perseu

90 – Dhuoda

89 – Teofrasto

88 – Boudica

87 – Teógnis de Mégara