Jacyntho Lins Brandão (UFMG) fala de seu gosto pelas línguas e de como cresceu em um convento das Carmelitas. Do dia em que chegaram uma caixa de livros na casa da mãe dele duas gramáticas de grego e dos abaixo-assinados que ele fazia para ter aulas de grego na graduação. Como os gregos acabam sempre no Oriente, ele também acabou na Mesopotâmia e está terminando a tradução do Enuma Elish. Jacyntho ainda fala da pré-história da SBEC e da programação do primeiro congresso, feita literalmente com papel, cola e tesouras, como o lema “Começar de novo”. E de Luciano de Samósata, um sofista e polígrafo sírio, criado na paideia grega e vivendo no mundo romano. Sendo bárbaro, é recebido no espaço multicultural romano como fosse grego. De como descobriu um volume da obra ele, emprestado por um colega, e se impressionou com os seus diálogos cômicos. Acabou por estudar a alteridade nos diálogos de Luciano, que espelha a própria alteridade dele de romano, grego e bárbaro de Luciano. Um verdadeiro pensador da cultura, um escritor interessado naquilo que acontece no tempo dele. O modelo do diálogo cômico dele é o diálogo platônico, tanto que no dicionário de filósofos gregos do Goulet Luciano está lá. O riso de Luciano é uma grande ideia filosófica.
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