Carol Martins da Rocha (UFJF) estudou na UNICAMP meio por acaso, queria fazer psicologia, mas acabou nas Letras. E seguiu toda a Pós-Graduação na UNICAMP, se apaixonando pelo latim nas aulas de Paulo Vasconcellos. Tem se dedicado bastante ao tema do gênero, um pouco por acaso também: escolheu uma peça de Plauto da qual não havia tradução para o português no Brasil na qual as questões da sexualidade e do gênero são preponderantes. A temática de gênero nos últimos anos tem sido um dos temas muito discutidos e ajuda na busca de uma desconstrução deste ideal elitizado e europeizado de Grécia e Roma. Carol fala de Plauto, um comediógrafo antigo de cuja biografia qual não sabemos muito. Produziu 21 comédias, que fizeram muito sucesso em vida. As comédias de Plauto tem sempre cidadãos comuns como personagens e não pessoas famosas na cidade. A recepção do texto de Plauto tem uma longa história e um pouco mais recentemente é que se trouxe mais este aspecto da representação mais à tona: após uma abordagem mais textual no séc. XIX, os estudos se concentraram no fato de serem textos que foram escritos para serem representados. Esta característica do texto é muito importante no momento de sua tradução para as línguas modernas: o texto tem o ritmo da representação teatral? A escolha de traduzir um texto originalmente em versos para prosa é parte desta discussão. De toda forma, traduzir a comédia é um pouco ingrato, porque a piada envelhece rápido.

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98 – Ovídio

97 – Geropso

96 – Rainha Tiye

95 – Marcial

94 – Lisístrata

93 – Fedro, o fabulista

92 – Cleópatra da Macedônia

91 – Perseu

90 – Dhuoda

89 – Teofrasto

88 – Boudica

87 – Teógnis de Mégara